Rota dos Faróis

Farol do Albardão e as instalações da Marinha do Brasil, 2005. Foto: Roberto Furtado

         A costa marítima do Rio Grande do Sul é uma das extensões litorâneas brasileiras com grande potencial para viagens de aventura. Praticamente 100 % da área é acessível aos caminhantes e ciclistas, excetuando os pontos em que há barras de lagoas e rios que deságuam no mar, e dos costões rochosos dos balneários da cidade de Torres. Trata-se de um cenário geograficamente rico e associado a interessantes aspectos históricos como atrativos. Existem locais de difícil acesso para automóveis de passeio, tornando-os, em razão disso, mais adequados para os andarilhos e ciclistas.  O trajeto possui muitos locais de observação de paisagens naturais, com pouca ou nenhuma interferência do homem. 

 A Rota dos Faróis, que é o nome deste projeto, tem um apelo ambiental, turístico e social, com alguma incursão ao aspecto econômico das comunidades que circundam estas construções que recebem o nome de faróis. Este roteiro liga os extremos costeiros do estado, sugerindo um conjunto de imagens que o viajante irá encontrar. Indicando, assim, uma proposta semelhante aos "Caminho de Santiago de Compostela" e "Estrada Real", praticados por ciclistas e viajantes que desafiam seus próprios limites. O trajeto é muito desafiador com uma certa segurança não mais encontrada nas estradas brasileiras, possui também longos trechos para introspecção. No caminho, o viajante encontra particularidades específicas traçadas pela história de 323 naufrágios, também três plataformas de pesca amadora e atividade de pesca profissional artesanal. Mais de 20 faróis e faroletes, em aproximadamente 700 km de litoral, sinalizam a costa orientando os navegadores e construindo as histórias ao longo dos anos.